Apesar das sucessivas reduções no valor da gasolina vendida pela Refinaria da Amazônia (Ream) desde dezembro de 2024, o preço do combustível nos postos da capital amazonense continua sendo o mais alto entre todas as capitais do Brasil. Atualmente, o litro da gasolina em Manaus é vendido, em média, por R$ 7,29 — valor que não reflete as recentes quedas de preços praticadas pela refinaria.
Desde o fim de 2024, a Ream reduziu o valor da gasolina em cerca de R$ 0,62 por litro para as distribuidoras. A mais recente dessas reduções ocorreu no dia 28 de março de 2025, quando o preço foi cortado em R$ 0,08. Ainda assim, os consumidores continuam pagando o mesmo preço elevado, sem que as distribuidoras e os postos repassem os descontos ao consumidor final.
O preço atual nas bombas é o mesmo desde 9 de fevereiro deste ano, quando houve um reajuste de R$ 0,30, elevando o valor do litro de R$ 6,99 — mantido desde outubro de 2024 — para os atuais R$ 7,29. Desde então, mesmo com a queda de custos na refinaria, o valor não sofreu alterações, gerando revolta entre os consumidores e preocupação por parte das autoridades.
Suspeita de cartel
A discrepância entre o preço da refinaria e o praticado nos postos tem levantado suspeitas de formação de cartel em Manaus. A prática, considerada ilegal, ocorre quando empresas do mesmo setor combinam preços ou estratégias comerciais para evitar a concorrência, prejudicando diretamente o consumidor.
Moradores da capital também têm expressado indignação nas redes sociais e cobram ações do Procon e do Ministério Público Estadual para proteger o consumidor. “É revoltante saber que a refinaria está vendendo mais barato e a gente continua pagando quase R$ 7,30. É uma falta de respeito”, desabafa a professora Rosângela Oliveira, de 41 anos.
Fonte: AM POST