Prevenido, João Campelo providencia medicamentos, alimentos, asfalto, cimento e material didático para enquanto durar a estiagem
A Prefeitura de Itamarati está em alerta porque a previsão, este ano, é de que as chuvas fiquem abaixo da média até o mês de agosto, intensificando a estiagem no Amazonas. O município, localizado na calha do Juruá, a 983 quilômetros de distância de Manaus, foi um dos que sofreu com a seca no ano passado.
Antecipando-se para evitar transtornos à população, o prefeito João Campelo entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/AM) e solicitou que fosse providenciada uma série de medidas. Entre elas está a entrega de equipamentos permanentes para o Hospital Antônio de Souza Brito, medicamentos destinados às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), materiais de insumos no geral que deverão ser usados nos próximos cinco meses. “Também solicitei o envio de mais uma ambulância para atender a sede do município e comunidades mais distantes”, informou o prefeito.
João Campelo conversou com a secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud. “Ela foi muito simpatia e prometeu analisar os meus pedidos. Falamos a respeito de saúde de média e alta complexidade, pois estou trabalhando para quando a estiagem iniciar. Meu receio é que nossa população venha a sofrer tanto. Estima-se que os rios da região já comecem a secar a partir do dia 15 de julho, dificultando a chegada de barcos grandes na cidade.”
Segundo João Campelo, outra preocupação é com a aquisição de alimentos para compor um estoque suficiente para ser usado enquanto durar a estiagem. “Estou fazendo tudo para não faltar nada aos moradores do município, inclusive a merenda escolar aos nossos alunos”, ressaltou o prefeito, acrescentando que também está comprando material didático, asfalto e cimento para suprir as demandas de Itamarati pelos próximos meses.
Previsão
Estudos feitos por pesquisadores do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre (Labclim) apontam que a estiagem, no Amazonas, será intensificada no segundo semestre deste ano. O físico, doutor em Meteorologia e coordenador do Labclim, professor Francis Wagner, afirma que 2024 será um ano de menos chuva ainda em consequência do fenômeno El Niño.
Segundo o pesquisador, a divulgação dos dados levantados pelo laboratório da UEA, e o consequente uso na formulação de políticas públicas, pode reduzir os impactos da seca deste ano. “Com essa informação, os gestores têm como se planejar para minimizar os efeitos da seca em setores como economia, produção agrícola, saúde, educação e, principalmente, no Polo Industrial”, comenta.