A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), participou, nesta terça-feira, 5/8, da etapa estadual da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (Cnijma). O evento, realizado na fazenda Santa Rosa, no quilômetro 5 da estrada do Caldeirão, em Iranduba, é promovido pelos Ministérios da Educação (MEC), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A programação reúne estudantes de 11 a 14 anos de escolas públicas e privadas do estado. O evento termina nesta quarta-feira, 6/8, com o resultado dos projetos escolhidos para a etapa nacional.
A rede municipal contou com a participação das escolas municipais Canaã 1, Santa Rosa 2, Carlos Farias Ouro de Carvalho, São João (Ribeirinha), Lucila Freitas, Raimunda Brasil, São Francisco, Paula Aliomar, Antônia Pereira da Silva, Antisthenes Pinto, São Pedro, Dalvina Silva de Oliveira, Canaã 22 e Vicente de Paula e o Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) Arthur Virgílio, com turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.
O coordenador das Ocas do Conhecimento Ambiental da Semed, Renato Bezerra, afirmou que a participação na conferência é resultado de uma articulação feita pela secretaria desde as etapas escolares, com a aprovação dos projetos e a seleção dos estudantes.
“Estamos muito felizes em representar a Semed, com apoio do prefeito David Almeida, do vice-prefeito Renato Júnior e do secretário de Educação, Júnior Mar. Todo o processo foi conduzido com o objetivo de mobilizar e incentivar a educação ambiental nas escolas. Acreditamos que esse tipo de vivência fortalece o protagonismo dos nossos estudantes e estimula outras unidades a se engajarem na pauta ambiental”, afirmou Bezerra.
Vindo da escola municipal Canaã 1, localizada às margens do rio Amazonas, a aluna Leyliane Barbosa, do 7º ano, apresentou um projeto voltado à prevenção de deslizamentos de barrancos em sua comunidade.
“Escolhemos a mungubeira para reflorestar a área e trazer mais vida para a comunidade. O projeto promove educação ambiental e justiça climática, com ações como coleta seletiva, reaproveitamento de resíduos, plantio de espécies amazônicas, capacitação de lideranças e rodas de conversa”, explicou Leyliane.
De acordo com Fernanda Rodrigues, da comissão executiva nacional do MEC, esse é o tipo de pensamento que deve ser fomentado nos jovens do país. Ela destacou que essa é a importância da retomada da conferência após anos de interrupção.
“Esse processo de mobilização é essencial para reconstruirmos os espaços de educação ambiental nas escolas. A conferência começa no chão da escola e se prolonga na execução dos projetos e na formação das comissões de qualidade de vida, com envolvimento direto de alunos e professores. No contexto das mudanças climáticas que impactam o Amazonas, isso é também uma questão de sobrevivência”, reforçou.
Protagonismo estudantil
Facilitadora da 6ª Cnijma no Amazonas, Thelma Prado, enfatiza que a conferência é um espaço voltado à participação ativa dos estudantes, que desenvolvem projetos de educação ambiental em suas escolas.
“É uma ação de protagonismo juvenil, para alunos de 11 a 14 anos, que desenvolvem projetos de curto, médio e longo prazo. No Amazonas, tivemos a participação de 207 escolas, e 96 chegaram à etapa estadual. A partir daqui, 17 projetos serão escolhidos para a fase nacional. E quem escolhe são os próprios estudantes, os delegados eleitos nas escolas”, finalizou.
Texto – Alexandre Abreu/Semed
Foto – Eliton Santos/Semed
