Em continuidade à programação referente ao Dia Mundial de Combate à Hipertensão, comemorado em 17 de maio, a Prefeitura de Manaus intensificou a oferta de serviços e ações de educação em saúde, nesta sexta-feira, 10/5, na Unidade de Saúde da Família (USF) Deodato de Miranda Leão, no bairro Glória, zona Oeste da capital.
Durante o período da manhã, os usuários do estabelecimento de saúde tiveram acesso ampliado a consultas, aferição de pressão arterial, testes de glicemia, palestras e rodas de conversa. A programação tem o objetivo de alertar sobre as consequências da doença crônica, que muitas vezes é silenciosa, e é agravada pelo excesso de peso e obesidade, ingestão exagerada e pelo sedentarismo.
A diretora da USF Deodato de Miranda Leão, Rosicley Bicharra, destacou que o evento foi um sucesso porque despertou o interesse da comunidade em conhecer mais sobre a hipertensão, uma doença crônica que para ser tratada depende do envolvimento do usuário.
“A hipertensão é uma doença crônica que pode ser tratada com hábitos alimentares, controle de situações de estresse e diminuição do sal na comida. São orientações transmitidas na nossa rotina pelos médicos, enfermeiros, pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), mas que neste período ganham reforço e isso ajuda muito os usuários a ficarem mais vigilantes com a própria saúde e também com a saúde das pessoas que fazem parte do seu convívio”, acentuou a diretora.
Cuidado
Em sua palestra sobre o tema, a médica Elen Mônica Neves, que fez a apresentação na sala de espera da unidade, deu destaque aos cuidados a serem seguidos pelos jovens, principalmente os que têm pais com hipertensão. “Esses jovens precisam fazer medição da pressão pelo menos duas vezes por ano, sobretudo se o pai ou mãe têm a doença, porque o fator hereditário pode resultar em aumento da probabilidade de ter a doença”, ensinou.
Os idosos também precisam redobrar a atenção, assegurou a médica, principalmente porque este é um mal silencioso e quando os sintomas aparecem o risco de haver prejuízo à saúde aumenta.
“Estas ações de sensibilização já fazem parte do cuidado continuado que temos com nossos pacientes, mas esta ação tem um caráter mais coletivo, o que é muito bom para enriquecer as discussões, esclarecer as dúvidas, fatores de risco e tratamento”, informou.
O autônomo Raimundo Nonato de Souza, de 61 anos, descobriu que sofria de hipertensão e diabetes em 2008, quando um dedo do pé precisou ser amputado, fato que o alertou sobre o quanto ele precisava se responsabilizar pela saúde, seguindo o tratamento e comparecendo à USF Deodato de Miranda Leão para ser acompanhado
“Hoje eu me cuido melhor Tenho mais cuidado com a minha alimentação, faço exercício. Essas programações são muito boas para alertar a gente porque a gente passa a ter mais conhecimento”.
Além do Disa Oeste, as ações de sensibilização e fortalecimento dos serviços de saúde também já foram realizadas nas unidades de saúde dos Distritos de Saúde Norte e Sul. A programação prossegue na próxima terça-feira, 14/5, na USF Adana Viana, do Disa Rural.
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Texto – Tânia Brandão/Semsa