Com a participação de alunos da educação infantil, do 1º ao 9º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), promoveu, na manhã desta terça-feira, 5/12, a 2ª Mostra da Horta Escolar, com o tema “Semear, cuidar e colher para todos incluir e envolver”. A programação, que ocorreu no hall da secretaria, contou com a participação de seis unidades de ensino, representando cada Divisão Distrital Zonal (DDZ) dos trabalhos realizados nas escolas sobre a temática.
A meta do evento é favorecer a inclusão de estudantes com deficiência (das salas de recursos, classe especial, EJA e salas regulares) por intermédio de experiências com a horta escolar, conduzindo os participantes ao contato direto com o ambiente de plantio e cuidado com as hortaliças.
Para a gerente da educação especial da Semed, Amanda Macanoni, a mostra não representa um terço do trabalho que é realizado com os alunos em toda rede de ensino, mas deixa visível as atividades pedagógicas com os alunos da educação especial nesse sentido.
“Aqui é uma representatividade de cada divisão, para que a gente possa mostrar para o público externo o que temos feito. O mais interessante é que envolve os estudantes com deficiência. A horta escolar é um plano de governo e nós temos o compromisso de alcançar essas metas. E a nossa meta, já está cem por cento alcançada, porque as escolas, os professores, gestores e pedagogos têm desenvolvido esse trabalho junto com as crianças e os estudantes. Para a gente encerrar o ano com essa mostra, vendo que as crianças estão desenvolvendo, estão aprendendo também por intermédio da horta, não tem preço e impagável”, completou a gerente.
Com o projeto “Horta pedagógica interdisciplinar: frutificando saberes”, a escola municipal Joana Vieira, no ramal Água Branca – quilômetro 09, zona rural, foi uma das unidades de ensino que trabalhou com a temática, envolvendo os alunos educação infantil e do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Para o professor José Carlos Santos Cordeiro, o trabalho ultrapassa os muros da sua escola.
“O projeto envolve um aprendizado significativo, porque trabalhamos com a realidade dos alunos, filhos de agricultores, no trabalho da horticultura. É um trabalho cotidiano, isso é muito importante, eu observei que na escola desenvolveu um interesse grande na aprendizagem. As professoras fazem um trabalho interdisciplinar. As escolas do campo, mas da área urbana não precisam ter um espaço grande, pois tem como fazer essa experiência. A intenção é desenvolver e trabalhar temas transversais, como por exemplo, a saúde”, disse.
Com aproximadamente 400 crianças do maternal e do 1º e 2º períodos, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Dr. Fernando Trigueiro, no bairro Japiim 2, zona Sul, também participou da mostra com seu trabalho da horta escolar com plantas medicinais e hortaliças.
De acordo com a professora Maria Luiza, todos da escola participam das atividades, porque é importante que as crianças possam aprender desde cedo.
“A mostra é de suma importância, para que a gente possa divulgar o nosso trabalho que é feito em nosso Cmei. Como entendemos a educação infantil, a nossa horta visa trabalhar todos os sentidos das crianças. Ao mexer com a terra, o aluno desperta a questão da coordenação motora, além de trabalhar com o cheiro na questão dos sentidos. Além disso, enriquece a alimentação das nossas crianças, porque usamos as hortaliças. Na parte medicinal, a gente atende os professores, onde às vezes estão com mal-estar e também a própria comunidade”, salientou.
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Texto – Paulo Rogério / Semed