Uma declaração da professora de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), Marilia Moscou, causou grande polêmica ao abordar o tema do “direito à sexualidade” das pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul, após as recentes inundações no estado. A controvérsia surgiu quando Marilia Moscou defendeu a necessidade de discutir seriamente o assunto, enfatizando que as vítimas das inundações não sairão dos alojamentos “tão cedo”.
A declaração da professora, feita em uma plataforma de mídia social, incluiu a menção a temas como sexo entre adultos consentidos, masturbação e outros aspectos da sexualidade, incluindo para adolescentes, durante situações de crise como essa.
Após a repercussão negativa de suas declarações, Marilia excluiu sua conta na plataforma e se manifestou brevemente no Instagram, bloqueando os comentários. Ela explicou que existe um debate documentado sobre o direito à sexualidade em situações extremas, como campos de refugiados, e defendeu que o direito à sexualidade faz parte de ser tratado como um ser humano.
Marilia também afirmou que as pessoas abrigadas são, de fato, refugiadas climáticas e que suas necessidades, incluindo a sexualidade, precisam ser consideradas. Ela justificou sua saída da plataforma de mídia social, alegando que não queria que suas postagens tivessem um alcance tão grande, especialmente porque ela tinha quase 30 mil seguidores.
A professora reiterou sua posição em relação aos direitos sexuais e reprodutivos, destacando sua relevância em relação às mudanças climáticas. Ela afirmou que continuará pesquisando, refletindo e mobilizando conhecimento nessa área.
Marilia Moscou se descreve em seu perfil como não-monogâmica e indica ser pesquisadora nas áreas de sexualidade, gênero e estudos críticos da família.
AMPOST