Uma denúncia bombástica sobre a crise na assistência domiciliar veio à tona, revelando as dificuldades enfrentadas por pacientes idosos e debilitados que dependem dos serviços do Centro de Medicina Alternativa (CEMA). Em uma entrevista explosiva ao site Amazônia Press, Patrícia, filha de um paciente chamado Raimundo, desabafou sobre a situação alarmante vivenciada por aqueles que necessitam de cuidados especiais, como vítimas de AVC isquêmico, incapazes de se alimentarem por via oral e dependentes de sondas de alimentação.
O relato de Patrícia expôs a falta de recursos essenciais para a manutenção da saúde dos pacientes, incluindo a escassez de alimentos específicos e materiais para curativos. A interrupção dos serviços prestados pelo programa “Melhor em Casa”, responsável por atender os pacientes em suas residências, agravou ainda mais a situação, deixando-os à mercê da sorte.
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“Os pacientes são idosos e estão acamados, muitos deles sofrendo de AVC isquêmico, o que os impede de se alimentar oralmente; eles dependem de sondas de alimentação e de alimentos específicos para sua dieta. A requisição é para o meu pai, que necessita desses itens essenciais. Hoje consegui pegar a alimentação de código 4889, mas as demais estão em falta, incluindo a de cicatrização de alimentação (código 4888), que está em falta há um bom tempo. Desde a última vez que consegui, em março, não houve mais disponibilidade. Os pacientes enfrentam grande carência. Tentei obter esses alimentos ontem, indo ao Delfina, um dos centros de atendimento do programa Melhor em Casa, responsável por fornecer as requisições de alimentação e outros laudos necessários para cadastro e recebimento de medicamentos, curativos e alimentação. O programa federal Melhor em Casa, embora não seja diretamente responsável, sofre com atrasos salariais de seus funcionários há mais de cinco meses. Isso compromete gravemente a qualidade e disponibilidade dos serviços. A falta de insumos básicos como fraldas, ataduras e principalmente alimentos é alarmante. Os pacientes atendidos, que incluem idosos, crianças e pessoas debilitadas e acamadas, dependem desses suprimentos essenciais para sua sobrevivência. É essencial que os funcionários tenham as condições adequadas para desempenhar seu trabalho e que o programa receba os recursos necessários para garantir o atendimento adequado a esses pacientes.” – Patrícia, filha do paciente Raimundo.
Enquanto pacientes vulneráveis lutam pela vida, o governo direciona seus recursos para uma campanha política bilionária, priorizando interesses partidários em detrimento da saúde e do bem-estar da população. A voz da denunciante ecoa as preocupações de muitos outros cuidadores e profissionais de saúde, que enfrentam dificuldades semelhantes em meio à crise que assola o sistema de assistência domiciliar.
“Pensar nas crianças nessas situações é angustiante, sabe? Você fica na fila da CEMA e vê uma mãe chegando com a criança, com a sonda no nariz, fralda, e ela sem ninguém para buscar o alimento, então vai ela mesma. Lembro de uma senhora que faz isso, chega de ônibus com a criança no colo. Sempre ajudamos, pegamos para ela, alguém sempre está lá para ajudar, chama um Uber e coloca no carro para a pessoa ir embora. Imagina a situação dessa mãe, fico pensando nela, como estará com essa criança, né? Falta fralda, falta medicamento, falta tudo, meu irmão, entendeu? Não é justo. O governo se prepara para uma campanha bilionária, buscando o poder municipal, colocar o candidato deles lá. De onde vem esse recurso? Como pode ter tanto dinheiro para uma campanha e faltar para a CEMA? A CEMA não pode simplesmente desaparecer, não pode. O recurso para orfanatos, ONGs, asilos, não pode ser cortado. Essa assistência para comunidades carentes é vital, não pode acabar. Já imaginou a CEMA deixar de existir? Isso não faz sentido, cara. Temos que fazer algo. Essas pessoas atendidas são humildes, não sabem exigir seus direitos, não sabem para onde correr e aceitam o que lhes é imposto. Quem conhece a situação, quem vê o que está acontecendo e pode fazer algo, não pode ficar de braços cruzados.” – Patrícia
O relato encerra com um apelo urgente às autoridades competentes para tomarem medidas imediatas para solucionar a crise e garantir o acesso adequado aos cuidados de saúde para os pacientes mais vulneráveis. É evidente a necessidade de uma investigação minuciosa sobre as causas da falha no sistema e a implementação de medidas eficazes para evitar que casos como esse se repitam no futuro.
Entramos em contato com a assessoria de saúde do governo para esclarecer a situação relatada, porém, até o momento, não recebemos retorno. Estamos aguardando uma posição oficial sobre o assunto.