Robinho deixou o isolamento no último domingo e agora divide cela com outro detento no complexo penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo. O jogador foi preso no dia 21 de março para cumprir nove anos em regime fechado por estuprar uma mulher na Itália no ano de 2013. O atleta alega inocência.
O atacante estava isolado de outros detentos desde a data da prisão para se adaptar às atividades. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, Robinho está em uma cela de oito metros quadrados.
Além da mudança de cela e inclusão no convívio comum, Robinho agora pode receber visitas de amigos e familiares “desde que apresentada documentação conforme as exigências do Regime Interno Padrão da SAP, nos dias e períodos estabelecidos para a população carcerária nesse presídio”, conforme nota da entidade
O CASO
Robinho foi acusado de participar de um estupro coletivo a uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em janeiro de 2013. A justiça da Itália condenou o atacante a nove anos de prisão em terceira e última instância em janeiro de 2022, com o jogador no Brasil.
O Ministério de Justiça da Itália solicitou, então, a extradição de Robinho no final de 2022, mas o pedido foi negado porque o governo do País não extradita cidadãos brasileiros. Com isso, a justiça italiana requereu uma homologação de sentença, ou seja, pediu que a decisão ocorrida na Itália pudesse ter efeitos no Brasil.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu no dia 20 de março que Robinho cumpra a pena pelo crime no Brasil. O STJ não realizou novo julgamento sobre o caso ocorrido em 2013 ou discutiu a decisão tomada pelos italianos.
A prisão de Robinho foi decretada pela Justiça Federal de Santos no dia seguinte, em 21 de março. A defesa entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) antes da prisão, para que o jogador pudesse aguardar o recurso em liberdade. A solicitação, no entanto, foi negada pelo ministro Luiz Fux.
No dia 22 de março, após a detenção de Robinho, os advogados do atleta entraram novamente com pedido de habeas corpus sob alegação de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) “determinou a prisão imediata mesmo sem deter a competência para tanto”.
AMPOST