Ação fez parte do Janeiro Roxo, campanha de intensificação, orientação e busca por casos novos de hanseníase
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), realizou, no sábado (27/01), o 1º Mutirão Dermatológico do ano, com o objetivo de fazer busca ativa de casos novos de hanseníase. A ação, que fez parte da programação da Fuham do Janeiro Roxo, atendeu 1,5 mil pessoas. Uma equipe de 100 profissionais das áreas de saúde e administrativa foi mobilizada.
O mutirão, realizado na sede da Fuham, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, ofereceu, além de consultas dermatológicas, testes rápidos de HIV e sífilis, de biópsias para coleta de material de pacientes com suspeita da hanseníase. A farmácia da Fuham também distribuiu medicamentos para cerca de 350 receitas prescritas pelos médicos e médicas dermatologistas que trabalharam na ação.
O diretor-presidente da Fuham, Carlos Chirano, informou sobre o objetivo e a importância da ação.
“O mutirão é uma forma de acolhimento e de ampliar a oferta de exames à população, de consultas e buscar aumentar o número de diagnósticos da hanseníase. Principalmente, se for um diagnóstico precoce, evitando que o paciente venha a ter sequelas incapacitantes”, disse o diretor-presidente da Fundação.
A comerciante Salime Rosas tomou conhecimento sobre a ação por meio de uma emissora de TV local. Saiu de casa no início da tarde, conseguiu ser atendida, recebeu a receita e a medicação gratuitamente. O diagnóstico da paciente foi esporotricose, uma doença causada por fungos que infectam gatos domésticos, que transmitem para os humanos.
“Começou com minha gata espirrando. Eu pensei que era uma gripe, levemos pra clínica veterinária e falaram que era essa doença. Ela ficava sempre perto de mim quando eu ía comer e apareceu em mim uma ferida na coxa, que dói e coça muito”, informou a comerciante.
O caso da comerciante simboliza como a busca ativa por casos de hanseníase acaba gerando atendimento de dermatologia geral. A hanseníase é uma doença da qual o diagnóstico não é muito fácil pois pode ser confundida por outras doenças de pele.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase do Amazonas, da Fuham, Valderiza Pedrosa, destacou a importância de buscar o serviço de saúde para se realizar um diagnóstico precoce.
“Esses mutirões servem para orientarmos e mostrarmos a importância de se buscar o serviço de saúde, principalmente, se a pessoa tiver uma mancha na pele, um caroço, uma área adormecida. O nosso objetivo maior é fazer o diagnóstico precoce da hanseníase”, destacou.
Conforme a Fundação, os dados com os resultados do mutirão serão compilados e divulgados nos próximos dias.
Próximo evento
O último evento da programação do Janeiro Roxo na Fuham será o seminário “Pensando em Hanseníase: Aspectos Clínicos, Laboratoriais, Epidemiológicos e Perspectivas”, que acontece no dia 3 de fevereiro.
O evento começa às 8h, com término previsto para as 12h30, e será realizado no Auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Informações podem ser obtidas no site www.fuham.am.gov.br .
Contatos para a imprensa: Assessoria de Comunicação da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta