Desafios das grandes cidades, o transporte coletivo em Manaus está, pelo menos, 30 anos atrasado em comparação com outras capitais com orçamentos menores ou similares à capital do Amazonas. “Falta de vontade política. Recurso tem, falta projeto. Isso nós temos e vamos fazer”, garantiu a pré-candidata a prefeita Maria do Carmo Seffair (Novo-AM), em live realizada em suas redes sociais na noite de segunda-feira, 8/7, onde apresentou seu projeto para implantar, caso eleita, um Sistema de Transporte Coletivo Integrado em Manaus.
Com o título “Monotrilho: um sonho real para Manaus”, o debate on-line contou com a participação do professor Robson Ferreira, engenheiro civil especialista em Custo, Orçamento e Planejamento, responsável pelos estudos de viabilidade dos novos projetos de mobilidade. Esses envolvem a implantação de aproximadamente 14 quilômetros de monotrilho, a efetivação do BRT (Bus Rapid Transit – Trânsito Rápido de Ônibus, em tradução livre), a implantação do transporte fluvial para a cidade e o VLT (Veículo Leve sobre Trilho), além de outras medidas como a criação de motofaixas, ou faixas exclusivas para motociclistas, e o uso de semáforos inteligentes.
“A mobilidade urbana é um desafio para as grandes cidades, envolve transporte de qualidade e medidas que desafoguem o trânsito. Manaus merece, e vai ter, um sistema de transporte de verdade, porque ônibus não é sistema de transporte. Vamos fazer Manaus andar para frente e rápido”, garantiu a professora Maria do Carmo, que possui mais de 40 anos de experiência em gestão e está à frente do Grupo Fametro, do novo Tropical Hotel Amazônia e da Santa Casa de Misericórdia.
“Uma das motivações que me fizeram vir para a política foi ouvir as pessoas dizendo que estão cansadas. Manaus precisa avançar, é uma cidade rica, tem o quinto maior PIB. Nasci em Manaus e moro aqui. Por onde passo [outras cidades] meu olhar é: por que não fazemos? Os políticos prometem e não fazem porque falta um pequeno detalhe, não são gestores”, apontou a pré-candidata.
Sistema de Transporte Coletivo Integrado
Segundo o professor Robson Ferreira, ônibus são necessários, mas uma cidade do tamanho de Manaus não pode ter apenas esse modelo para atender os usuários. “Não temos um sistema de transporte, porque uma das premissas para um sistema é ter opções de modais. Manaus, basicamente, vive de ônibus”, explicou.
O especialista também destacou que transporte e trânsito estão interligados, um depende do outro para fazer com que a mobilidade da cidade funcione. “Essa modernização do Sistema de Transporte Coletivo de Manaus é urgente. Se nada for feito, daqui a alguns anos teremos uma cidade literalmente parada”, alertou.
Com a condução e colocações políticas pertinentes da professora Maria do Carmo Seffair, o engenheiro detalhou o projeto de implantação de um Sistema de Transporte Coletivo Integrado para a capital amazonense. (Veja arte anexa com a interligação dos vários modelos)
MONOTRILHO – É um modelo de trem sobre pneus que trafega em trilhos elevados, dessa forma não gera concorrência com os carros que circulam nas vias tradicionais. Para Manaus, a proposta da pré-candidata Maria do Carmo é interligar a zona Leste à área central, com pouca desapropriação e baixíssimo impacto ambiental, percorrendo as margens do igarapé do Quarenta, passando pela rotatória do Armando Mendes, mais conhecida como bola da Samsung, até o Centro.
“Já se cogitou um monotrilho para a Copa do Mundo em Manaus, que não avançou por falta de projeto e o traçado era outro. É possível e vou mostrar isso, a gente não pode viver parado no tempo e achar que as coisas só acontecem em outras cidades. Isso é falta de vontade política”, disse Maria do Carmo.
BRT (Bus Rapid Transit) – Modelo que funciona muito bem em cidades como Bogotá, na Colômbia, e Curitiba, no Estado do Paraná, o BRT é formado por ônibus que circulam em faixas exclusivas, separadas do trânsito comum, ganhando segurança e eficiência. Os usuários embarcam e desembarcam pelo lado esquerdo, no nível do ônibus, com acessibilidade.
“Em Manaus, já existe um traçado e estações que podem ser utilizadas ao longo da Constantino Nery, Torquato Tapajós e Max Teixeira. O projeto foi iniciado, mas se perdeu por decisões políticas equivocadas. Não houve a transferência de linhas para a esquerda e nem a devida separação das faixas. Vamos corrigir e vamos melhorar a velocidade de tráfego para quem usa o transporte coletivo”, destacou a pré-candidata do partido Novo.
TRANSPORTE HIDROVIÁRIO – A proposta consiste em criar estações ao longo da orla de Manaus, interligando as zonas Leste e Oeste, do Tarumã ao Puraquequara, onde o usuário irá fazer o percurso em lanchas rápidas. Esse é um modelo que, além de facilitar a vida de quem depende do transporte coletivo, também contempla a parte turística da cidade, porque se torna um passeio pelas belezas naturais.
“Recentemente, fiz esse percurso em um barco mais lento, com velocidade de 30 nós. As lanchas rápidas fazem, geralmente, em 40 nós, mas ainda assim eu levei pouco mais de 40 minutos do Tarumã para o Puraquequara. Quem faz esse trajeto de ônibus hoje leva, pelo menos, duas horas de viagem”, exemplificou a professora Maria, destacando que a proposta também prevê a recuperação de espaços turísticos que valorizem a orla de Manaus.
VLT (Veículo Leve sobre Trilho) – É um sistema que circula, na maioria, por uma plataforma parcial ou totalmente segregada do tráfego rodoviário. Tem esse nome porque transita sobre trilhos, mas é menor, mais leve e não faz barulho como os trens. Para a capital amazonense, Maria do Carmo quer implantar um modelo no Centro Histórico de Manaus, mais especificamente no quadrilátero da Praça da Matriz, somando-se ao projeto de revitalização histórica da região central.
“Isso vai valorizar muito o nosso Centro Histórico. O turista vindo de outro país que chega ali no porto muitas vezes nem quer descer do navio. Nossa região portuária passa uma péssima impressão, mas, caso eleita prefeita, eu tenho muitas soluções para serem implementadas que vão melhorar o trânsito, o ordenamento e o turismo no centro de Manaus”, destacou Maria do Carmo.
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Assessoria de Imprensa