Foto: Ney Xavier
O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Adjuto Afonso (União Brasil), manifestou nesta quarta-feira (06/08), em pronunciamento no plenário, sua preocupação com a decisão de empresas de navegação de aplicar a chamada Low Water Surcharge, ou Taxa Adicional por Seca, sobre os embarques com destino ao Porto de Manaus a partir deste mês.
Segundo informações repassadas ao parlamentar pela Associação Comercial do Amazonas (ACA), companhias como MSC, Hapag-Lloyd e Maersk anunciaram cobranças extras que variam de 1.000 a 1.980 dólares por contêiner, sob a justificativa de dificuldades operacionais relacionadas à estiagem dos rios amazônicos.
Adjuto questionou a medida, destacando que, de acordo com avaliações técnicas do próprio governo do estado, a previsão é de uma estiagem moderada em 2025, o que não justificaria, de forma isolada, a adoção de tarifas adicionais dessa magnitude.
“A simples antecipação de cenários críticos não pode justificar a imposição de cobranças extras sem um diálogo amplo com o setor produtivo local. O Amazonas já enfrenta desafios logísticos históricos e não pode arcar sozinho com decisões unilaterais tomadas fora da nossa realidade”, afirmou o deputado.
Para o parlamentar, decisões que afetam diretamente o abastecimento e os custos logísticos da região precisam ser construídas com base em critérios técnicos claros e transparência nas negociações com os atores econômicos locais.
De acordo com o parlamentar, é fundamental que empresas, autoridades reguladoras e representantes da sociedade civil estejam na mesma mesa para que o desenvolvimento da nossa região passe por uma logística mais justa, equilibrada e integrada à realidade amazônica.
Ao encerrar seu pronunciamento, o deputado reforçou seu compromisso com a defesa do setor produtivo e do interesse da população amazonense frente a medidas que possam comprometer a competitividade e a segurança do abastecimento no estado.