Ambani é presidente do conselho e CEO de uma das empresas mais valiosas da Índia, a Reliance Industries. Recentemente, seu patrimônio líquido subiu rapidamente para US$ 64,5 bilhões, superando Larry Ellison, da Oracle, e a herdeira francesa da L’Oreal, Francoise Bettencourt Meyers, e o colocando no nono lugar na lista, segundo o índice de bilionários da Bloomberg. Ambani é a única pessoa da Ásia na lista.
Sob a liderança de Ambani, a Reliance passou de uma empresa de petróleo e energia para um conglomerado em expansão que inclui lojas de varejo, uma operadora de banda larga e móvel, plataformas digitais e muito mais.
Esse novo marco surge logo após Ambani ter acumulado mais de US$ 16,5 bilhões em investimentos em apenas três meses para o braço de tecnologia digital da Reliance, a Jio Platforms, e apesar dos desafios no setor petrolífero dos negócios da Reliance.
A blitz de captação de fundos e uma recente venda de ações deixaram a Reliance Industries livre de dívidas, conforme informado pela empresa em junho, que disse também que sua dívida líquida no final de março era de 1,61 trilhão de rúpias (US$ 21 bilhões).
As ações do conglomerado mais que dobraram desde a baixa de março, e subiram 17,2% desde o início deste ano, para 1.752,50 rupias, ou US$ 23. Embora as ações da Reliance tenham se recuperado, muitas outras empresas continuam sofrendo as consequências econômicas da pandemia de coronavírus, e a economia da Índia dá indícios de estar caminhando para uma grande queda.
Os investimentos recentes na Jio Platforms incluem mais de US$ 15 bilhões, do Facebook até os principais investidores do Vale do Silício, Silver Lake e TPG. Ela também recebeu US$ 1,2 bilhão do fundo soberano de Abu Dhabi e US$ 1,5 bilhão do fundo soberano da Arábia Saudita. O negócio com a Arábia Saudita acabou avaliando a Jio em cerca de US$ 68 bilhões.
Os investimentos vão impulsionar as ambições de Ambani de transformar a Jio Platforms em um gigante da Internet, que poderia rivalizar com o Google ou o Alibaba. A aposta do Facebook de US$ 5,7 bilhões na empresa, um dos maiores negócios já realizados pela empresa, sinalizou que Ambani e Facebook pretendem criar uma plataforma semelhante ao WeChat da Tencent, em que os usuários têm acesso a mensagens, banco móvel, redes sociais e outros serviços.