O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve receber, até a semana que vem, representantes das companhias aéreas, no Palácio do Planalto, para discutir uma possível ajuda às empresas. De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, o objetivo é encontrar formas de “fortalecer” o setor no país
Os preços das passagens aéreas têm aumentado ano a ano, seguindo uma tendência mundial. Segundo Costa Filho, o aumento médio no mundo inteiro foi de 15%. Em relação ao Brasil, o ministro apontou como principais dificuldades e causas dos valores altos o preço do querosene de aviação, pouco acesso a linhas de crédito e um excesso de judicializações.
“Vamos receber as companhias aéreas, para que elas possam externar as dificuldades do seu dia a dia. Todo o governo quer dar uma contribuição às empresas, que vêm enfrentando sérios problemas em todo o mundo”, disse o ministro.
Outro objetivo apontado por Costa Filho e fazer com que as pessoas comprem passagens de forma mais antecipada. “Com a antecipação das vendas, os preços ficam mais em conta”, apontou.
Nas próximas semanas, o governo deve lançar o programa “Voa, Brasil”, que prevê passagens aéreas ao preço de até R$ 200. A promessa do Palácio do Planalto em dar à população de menor renda o acesso a viagens de avião a baixo custo vem se arrastando desde o ano passado e chegou a ser anunciada para o início do segundo semestre de 2023, quando Márcio França ainda comandava o Ministério de Portos e Aeroportos.
No ano de 2023, o Brasil teve 112,6 milhões de passageiros no setor aéreo, uma alta de 15,3% em relação ao ano anterior. Segundo dados do Ministério de Portos e Aeroportos, os voos internos representaram 11,2% desse crescimento, e as viagens internacionais, 37%.
Nos voos domésticos, o número total de passageiros passou de 82,2 milhões para 91,4 milhões no ano passado, enquanto nos voos para fora do país, subiu de 15 milhões para 21 milhões de pessoas.
O Tempo