A Polícia Federal encontrou, na sala onde trabalha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na sede do PL, em Brasília, um documento que defende e decreta estado de sítio e operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país. A informação é do portal g1.
A busca faz parte da operação, deflagrada nesta quinta-feira (8), que investiga a suposta tentativa de Bolsonaro, ex-ministros e ex-auxiliares de tramar um golpe de Estado no país após as eleições de 2022.
O documento, que não é assinado, é uma espécie de discurso afirmando que o decreto estaria “dentro das quatro linhas da Constituição”, mesmo significando uma ruptura institucional, e alega que se trataria de “restaurar” o Estado Democrático de Direito.
“Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz o texto.
Segundo o g1, há, ainda, um trecho que cita o filósofo Aristóteles e fala em resistir a “leis injustas” como um princípio do Iluminismo.
Na mesma operação, a PF encontrou outra minuta de caráter golpista que pedia a prisão dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Posteriormente, após uma conversa com Bolsonaro, os nomes de Gilmar e Pacheco teriam sido retirados do documento.
O TEMPO