Uma ex-secretária de um escritório de advocacia registrou uma denúncia contra seu antigo empregador, acusando-o de abuso sexual. Segundo o relato da vítima, ao chegar ao local de trabalho, deparou-se com o advogado completamente nu, com um pó branco no nariz e em aparente estado de alteração. Ainda conforme seu depoimento, o homem a coagiu a praticar atos sem o seu consentimento.
Em uma entrevista ainda na tarde desta quarta-feira, a vítima explicou que os casos de assédio sexual iniciaram em fevereiro do ano passado e ocorriam na ausência da esposa do advogado.
“A primeira vez que começou foi em fevereiro do ano passado. Todas as vezes que acontecia, era na ausência da esposa dele, quando ela ia para um tratamento de câncer em São Paulo ou nas terças e quintas, quando ela ia para a Aleam. Quando ele me chamava para ir na sala dele, ele estava completamente nu, com um pó branco no nariz. Ele estava vendo vídeos pornográficos e falava para eu não chorar e não ficar nervosa.”, declarou a vítima durante entrevista na tarde desta quarta-feira.
Nas redes sociais o advogado emitiu uma nota oficial afirmando que há cerca de 15 dias estaria sendo vítima de uma tentativa de extorção por parte da vítima e de sua defesa.
Confira nota na integra
“Há cerca de 15 dias venho sendo vítima de extorsão por parte da advogada Adriane Magalhães, que se utiliza de uma ex-funcionária de meu escritório profissional para ganhar dinheiro ilicitamente e alavancar sua candidatura à vaga de Desembargadora reservada à OAB-AM, no Tribunal de Justiça do Amazonas, em futuro próximo.
A colega advogada atua com deslealdade profissional fabricando um escândalo sobre o qual eu e pessoas próximas a mim já vínhamos recebendo ameaças, se eu não pagasse R$-500.000,00 (meio milhão de reais), para silenciar uma suposta vítima de assédio.
Não cedi à extorsão e não cederei à chantagista. Resolvi enfrentar a advogada que se utiliza de uma causa nobre de defesa das mulheres para alcançar sucesso profissional e financeiro.
Optei por levar o caso ao conhecimento da Polícia Civil que instaurou um inquérito policial para apurar o delito de extorsão pelo qual eu e minha esposa estamos sendo vítimas.
Para colaborar com as investigações, entreguei à autoridade policial cópia de gravações devidamente periciadas e transformadas em atas notariais, com a voz da advogada Adriane Magalhães, onde pressiona a fazer um acordo financeiro (aquilo que o nosso Código Penal tipifica como EXTORSÃO), para impedir a divulgação de fatos que todos saberão em poucos dias serem mentirosos.
Aos meus amigos e colegas advogados provarei que estou sendo vítima da deslealdade profissional de uma colega, a qual, repito, busca o cargo de desembargadora tripudiando sobre a honra de outro colega.
Confio na Polícia Civil do meu estado. Confio na Justiça do Amazonas. A verdade prevalecerá.
Manaus, 16 de abril de 2025
Francisco Charles da Cunha Garcia Junior”
Fonte: AM POST