Seis anos após ser levada a leilão pela primeira vez, a mansão que pertenceu ao estilista, ator e apresentador Clodovil Hernandes, em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, enfrenta uma disputa judicial e corre o risco iminente de demolição.
O imóvel, que possui uma deslumbrante vista para o mar e chegou a ser avaliado em R$ 1,6 milhão, encontra-se em estado de abandono e deterioração desde a morte de Clodovil Hernandes, em 2009. Após sua morte, a Justiça autorizou o leilão da mansão para quitar as dívidas deixadas pelo estilista.
A primeira tentativa de leilão ocorreu em 30 de novembro de 2017, sem atrair interessados. Somente na terceira tentativa, no ano seguinte, o imóvel foi arrematado por Thalita Daiane de Melo, com um lance de R$ 750 mil. No entanto, a compradora tentou anular o leilão após vencê-lo, alegando ter adquirido apenas o direito de uso da área, não a propriedade completa do imóvel.
O pedido para anular o leilão foi negado, mas a Justiça determinou, neste ano, a transmissão do direito de uso do imóvel para Thalita. No entanto, a posse ainda não foi efetivada devido a um pedido do Ministério Público que solicita a demolição total da mansão.
Maria Hebe Queiroz, advogada que representa o espólio de Clodovil, explicou que o valor da arrematação está depositado em juízo, e a posse não foi transmitida para Thalita porque o Ministério Público pediu a demolição. A contestação foi feita, e a defesa argumenta que a demolição seria custosa, a menos que o poder público assuma as despesas.
Até o momento, não houve manifestação da compradora, Thalita Daiane de Melo, nem de seu advogado, José de Araújo, sobre o pedido de anulação do leilão ou os planos para a mansão. O Ministério Público também não se pronunciou até a publicação da matéria. A reportagem continuará sendo atualizada conforme novas informações.
AM Post