Os vizinhos da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, no Edifício Chopin, endereço luxuoso na Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, estranharam a falta de notícias dela desde dezembro. Segundo os familiares, ela teria sido mantida em cárcere privado pelo seu ex-motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, com quem tinha uma união estável.
Em janeiro, ela teria conseguido escapar para casa de um irmão. À Justiça, Ribeiro alegou que os dois viveram um relacionamento amoroso e apresentou uma escritura de união estável registrada em 2021. Na época, Marcos estava com 50 anos; Regina tinha 85. De acordo com o documento, os dois estavam em pleno uso de suas faculdades mentais.
Foram apresentados dois atestados psiquiátricos para comprovar a saúde dela. Na escritura consta que a declaração dos dois foi registrada em vídeo. Ela diz que não se lembra de ter assinado papel algum. A notícia de um romance causou estranhamento na família.
Regina viveu com José Marcos Ribeiro por 14 anos. Ela afirma que no dia 2 de janeiro deste ano, conseguiu sair sozinha e foi para casa do único irmão vivo, que também mora em Copacabana. Segundo a socialite, a saída foi uma fuga. “Resolvi fugir para por um final nisso”, declarou. A Justiça concedeu a medida protetiva a Regina, e José Marcos tem que ficar no mínimo 250 metros longe da socialite.
O marido declarou à Justiça que Regina só saiu de casa porque teve “um surto decorrente de seu estado frágil e de confusão mental”. Mesmo com a medida protetiva, ele conseguiu na Justiça o direito de ser o curador dela, com poderes para administrar o patrimônio da socialite. Hoje existem duas decisões judiciais. Na área criminal, José Marcos está proibido de se aproximar da socialite.
Na área cível, ele é o responsável por administrar os bens de Regina. Regina é viúva do proprietário dos baralhos Copag, Nestor Gonçalves, e não tem filhos. Nestor, por sua vez, deixou como herança o apartamento no Edifício Chopin e outros imóveis, incluindo uma fazenda em Angra dos Reis, também no Rio. Em 1994, a herança foi de R$ 2,5 bilhões.
Jovem Pan