Público pode conferir a mostra gratuita no Museu de Arte de Belém até dia 9 de fevereiro
O Museu de Arte de Belém recebe, até o dia 9 de fevereiro, a exposição”VAZIOsobreTERRA: cocriar como rota de fuga” (“Absent Matters: co-creating as an emergency exit”). Vinda da África do Sul, a mostra reúne obras de 35 artistas, em sua maioria do Sul Global, que debatem o impacto que a mineração na crise climática e na vida das pessoas. Após estrear durante a COP30, a iniciativa destaca o papel da mineração no atual colapso ambiental e indica outros caminhos para “transições justas” e por ecossistemas vivos. “É preciso semear imaginários vivos, soluções baseadas na cultura que sejam capazes de valorizar a pluralidade de saberes para a construção de um futuro sustentado por cosmovisões colaborativas”, ressalta Isadora Canela, cofundadora do Collective webs e uma das idealizadoras do circuito.
Apresentando artistas de mais de dez países, “VAZIOsobreTERRA” é um convite ao diálogo estético, político e sensorial de perspectivas e vivências plurais e descentralizadas. Diante de uma crise ambiental que ameaça, de forma desigual, mas toda a humanidade, o projeto propõe uma abordagem que reconheça e abrace conhecimento de resistência e regeneração das comunidades mais afetadas pela mineração e colapso climático – mulheres, população negra, povos da floresta, comunidade LGBTQIA+, zonas rurais, etc. “Reunindo artistas locais, nacionais e globais, a exposição cria ligações entre geografias, conectando corpos e terras, sistemas de extração, como a mineração, e opressão, como o racismo e o patriarcado, trazendo estratégias de reparação e ecologias cuier“, explica Elsa Cuissard, produtora criativa internacional e co idealizadora do circuito.
A iniciativa é do Coletivo WEBS – Tecendo Sistemas Educacionais Biomiméticos; da New Futures Art Collaborative, programa de residência artística iniciado na África do Sul em parceria com artistas e coletivos brasileiros; da Iniciativa da Mudança US (IoFC USA) e da ART AFRICA, com o apoio do MABE, do Instituto Janeraka e do Pavilhão de Cultura + Entretenimento, e conta com a colaboração artística da discoderiva e do Instituto Mundos. A Guerrand Hermes Foundation for Peace (GHPF) é cofinanciadora do projeto. “VAZIOsobreTERRA” une-se ao movimento de “mutirão global” para criar soluções baseadas na cultura para o discurso, as políticas e os acordos sobre a crise climática.
Os artistas participantes da mostra são Agnes Mensah Onumah (Ghana), Ana Elise Novais (Brasil), Anaïs Karenin (Brasil), Barbara Marcel (Brasil),Bekezela Mabena (Zimbawe), Chico Ribeiro (Brasil), EvNa (Brasil), Italo Almeida (Brasil), Isis Medeiros (Brasil), Juji (Brasil), Kenneth Ndumiso Shandu (South Africa), Kirimi Thuranira (Kenya), Lúcia Gomes (Brasil), Lukas Sterzenbach (Germany), Maleeha Bukhari (Pakistan), Morgana Mafra (Brasil), Maruee Pahuja (India), Nina Matos (Brasil), Nelson D (Brasil), Nilra Zoraloglu (Turkey), Ngugi Waweru( Kenya), Paula Sampaio (Brasil), Parimah Avani (Iran), Petchó Silveira (Brasil), Rebecca Bina (Brasil/UK), Riaz Ali (Pakistan); Sanchris Santos (Brasil), Shirley Krenak (Brasil),Sylvia Noronha (Brasil), Tatenda Mapisire (Zimbawe) e Yaka Hunikuin (Brasil). Além disso, participam os coletivos Amasonic (Netherlands), Instituto Mundos (Brasil), Janeraka Institute (Brasil), Discoderiva (Brasil) e Coletivo Webs (Global Collaborations).
A mostra fica em cartaz até 9 de fevereiro, com entrada gratuita, de terça a sexta das 9h às 14h, e aos domingos das 9h às 13h.
SERVIÇO
VAZIOsobreTERRA Exposição | Museu de Arte de Belém
Até 09 de fevereiro de 2026
Praça Dom Pedro II, 2 – Cidade Velha, Belém – PA
Funcionamento: terça a sexta – 9h às 14h | domingos – 9h às 13h
Sobre o Coletivo WEBS (Tecendo Sistemas Educacionais Biomiméticos) – Coletivo global inspirado em espécies que praticam a sustentabilidade muito antes dos humanos. Por meio da biomimética, o coletivo reencarna práticas ancestrais de sustentação da vida para desafiar narrativas dominantes e sistemas insustentáveis de exploração. Enraizada na educação, na micropolítica e na cura espiritual, cultiva espaços horizontais e participativos para refletir, aprender, desaprender e cocriar novos modos de existir. Seus projetos artísticos e educativos se fundamentam em metodologias decoloniais e plurais, concebidas para reimaginar futuros moldados pela reciprocidade e pelo cuidado mútuo entre pessoas, espécies e ecossistemas. Saiba mais em collectivewebs.com.




