A Secretaria de Segurança Pública coordena uma operação contra uma quadrilha suspeita de fraudar mais de R$ 30 milhões em impostos estaduais e federais no Amazonas, na manhã desta quarta-feira (2). Foram cumpridos 28 mandados de prisão e outros 55 de busca e apreensão em Manaus.
Ex-funcionários do Detran, estagiários e despachantes são suspeitos de participação no esquema, que está sendo investigado há cerca de um ano. Mais de 300 agentes da Polícia Militar, Polícia Civil e Departamento Estadual de Trânsito (Detran) participaram da ação.
Como o esquema funcionava?
Com ramificações dentro do Detran, documentos de veículos eram fraudados. Quando vão para a área da Zona Franca de Manaus, os veículos têm o benefício de isenção de impostos, porém alguns deles necessitam permanecer na cidade por pelo menos cinco anos até terem a documentação liberada para se locomoveram em outros estados.
No esquema, a documentação era fraudada e o veículo enviado para fora do estado para serem vendidos. A diferença de imposto era embolsada pelos suspeitos.
Segundo Louismar Bonates, da Secretaria de Segurança Pública, os funcionários “esquentavam” documentos de carros clonados, burlavam o pagamento de impostos com as isenções que são feitas na Zona Franca.
Alguns mandados foram cumpridos no prédio do antigo Detran, em Manaus. No local, foram apreendidos documentos e computadores. No condomínio Dalva Toledo, em Flores, foram cumpridos mandados. Os agentes também arrombaram alguns escritórios de despachantes em vários bairros da capital. Os presos e o material apreendidos estão sendo levados para a Delegacia Geral.
O diretor presidente do Detran, Rodrigo Sá, afirmou que sete servidores, um vistoriador, um ex-funcionário e três estagiários do órgão são suspeitos de envolvimento, além de 16 despachantes.